Diversas famílias chegaram cedo para aproveitar festa e brindar virada do ano em Copacabana. Mostrando espírito acolhedor, uma moradora do Rio Comprido convidou um turista que conheceu na viagem de ônibus até a Zona Sul para passar a virada com o seu grupo.
— Moro no Rio Comprido, entrei no 426 (linha que faz o trajeto Usina-Jardim de Alah), sentei do lado dele. Eu falo um pouco de inglês, ele um pouco de Espanhol, conversamos, descobri que ele estava sozinho o trouxemos para cá — explica Leidy Camillo, que está na praia com a filha Lorena, de 9 anos, a tia Maria Dias e os primos Dicson и Аманда Невир.
O turco Tolga Can já está no seu terceiro réveillon no Rio e disse ser apaixonado pela América Latina. Acolhido, conversava, bebia e comia os pastéis feitos pela tia de Leidy.
Posicionadas na area, na altura do posto médico no Posto 2, elas explicam que estão „fugindo da muvuca“ do palco principal, e acompanham o show de Iza de longe.
Maria Dias, a tia, pediu um emprego fixo para 2023. Autodenominada „pau para toda obra“, ela faz de tudo, aos 65 anos:
— Faço faxina, sou revendedora de cosméticos, tomo conta de cachorro, o negócio é ganhar meu dinheiro.
Ela contou que já ganhou prêmios em bilhetes, bingo e sorteio de empresa, que renderam TV, perfumes e até uma barraca de cachorro quente.
Серкадиньо вип
A família de Flávio Silva, que veio de Xerém, em Duque de Caxias, montou sua “área vip” própria
— Éo sexto ano que passo aqui (na orla) e semper monto minha barraca. É o melhor lugar da praia — disse Flávio, ao lado da mulher Tatiana e da filha Andressa.
Fã de Zeca Pagodinho, ele aguarda ansiosamente pelos shows do cantos e da bateria da Grande Rio, que homenageará o artista em seu próximo desfile, no carnaval 2023.
A família chegou no início do dia e pretende ir embora só amanhã. Mas, antes quer o dia na praia, no primeiro domingo do ano.
— Fiz 43 anos ontem (dia 30) e aproveitei para trazer o churrasco da festa e umas cervejas. Espero que o ano novo seja de muita saúde e paz. Minha mulher teve Covid, mas foi leve. Espero por mais saúde para todos no próximo ano.
Receptivo, Flávio acolheu o amigo Mauro Dias — que conheceu na area — em seu cercadinho.
— Ano que vem tem que ser muito melhor que 2022, em que eu vi muito desemprego. Trabalho com biscate, ea pandemia foi muito difícil. Sou auxiliar de serviços gerais, pedreiro, martelete, faço de tudo um pouco. Quero é um emprego fixo no ano que vem— torce Mauro, acompanhado da mulher.
O paulistano Ailton Macedo também chegou cedo e , ao passar por um dos 16 pontos de revista onde recebeu a pulserinha de identificação para os filhos Guilherme e Arthur elogiou o organização da festa da virada: — Já é meu segundo réveillon no Rio e está muito mais organizado. Tranquilo eu não fico nunca, mas, querendo ou não, é um resguardo — afirmou